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Criando aulas

"Não quero um dia a mais, quero um dia de paz...
Não quero um vendaval, só sonho o sonho dos mortais...
Não leve a mal, sou só mais um,
Quero uma noite tranquila, um amanhecer comum!"
Paralamas do sucesso.
Como mais uma na multidão, quero trabalhar com prazer e nada mais prazeroso que navegar!!!!

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Lívia Fernanda de Souza Mendes é aluna do 8º ano da Escola Municipal Anne Frank de Belo Horizonte. Ela venceu o Concurso de Redações Anne Frank, organizado por Conib e Fisesp, com apoio do Arquivo Histórico.

A Conib, em parceria com a Fisesp e o Arquivo Histórico Judaico Brasileiro, lança o 2º Concurso Nacional de Redações da Rede de Escolas Anne Frank Brasil. Em 2013, a vencedora foi uma estudante que mora na periferia de Belo Horizonte. Sua viagem foi acompanhada por uma equipe do Fantástico. Leia mais: http://bit.ly/1h7g7AN

Belo Horizonte, 03 de Abril de 2013.
Querida Anne, Meu nome é Lívia Fernanda, tenho 13 anos, moro no bairro Confisco, Minas Gerais/Brasil, estudo na Escola Municipal Anne Frank. Anne, é com muita tristeza que recordo sua história, todo sofrimento nos campos de concentração, o extermínio nas câmaras de gás, a crueldade com que os nazistas tentaram exterminar o povo judeu. Já não era fácil de entender o modo de pensar de Hitler, mas nos dias de hoje continuamos a pensar e agir como ele, pois o racismo continua, nas cidades, no interior e, principalmente, no coração das pessoas. É inaceitável pensar que sou melhor ou pior somente por ter nascido negro ou branco, por ter escolhido uma religião ou pertencer a uma tribo. Você não acreditaria que até nas escolas existe preconceito, mas ele vem disfarçado, o seu nome também é diferente, não é racismo, ele se chama bullying. O pior, Anne, é que já existem leis para se combater tanta crueldade. Mas não existe lei que possa colocar amor dentro do ser humano. Conhecendo a sua história, vejo que há uma luz no fim do túnel. Espero que muitos ouçam-me falar de você, espero que possam entender, que o preconceito não leva a nada, apenas gera violência, separação e divisão. Você, Anne, pode se orgulhar, pois o seu diário, que foi escrito em meio a tanto sofrimento, hoje serve de referência contra o racismo, contra a discriminação, em todas as suas formas. Seja através do preconceito, bullying e outros, podemos usar como exemplo as suas experiências. Apesar das dificuldades, assim como você, acredito na esperança.

Abraços de, Lívia

sexta-feira, 4 de abril de 2014